quarta-feira, junho 07, 2006

BALADAS DO ASFALTO

No final do ano passado fiz uma daquelas grandes descobertas musicais, que até então só eu mesma era indiferente:
Zeca Baleiro. Minha mãe havia ganhado um par de ingressos para o show de lançamento do disco "Baladas do Asfalto", que aconteceria no Grande Teatro do Palácio das Artes, aqui em BH. Fiquei com o par de cortesias todinho para mim e combinei, na porta do teatro, com uma amiga, que pra variar, não apareceu. Vendi minha segunda entrada pro primeiro cambista que apareceu, assim que soou o terceiro toque da campainha e corri pra tomar o meu lugar.

Na semana seguinte, passei boas horas na frente do computador, baixando tudo quanto era música do cantor maranhense. Ganhei o "Baladas do Asfalto", de presete de aniversário, de uma amiga e comprei, numa promoção pós natal, o "Líricas - talvez o mais bonito de todos. Pronto! Já tinha a coleção completa. Nos dias que se seguiram, quase um ritual, ouvi, incansavelmente, todos os disco. Fiz a gentileza de copiar para alguns amigos, decorei várias músicas, virei fã, de verdade!

No domingo retrasado, dia 28 de maio, descobri que ia ter show do Zeca Baleiro em Betim. Fomos eu, Luiza, Mariana e Vlad. Eu com aquela cara emburrada de quem está saindo de casa num domingão à noite e os três assim, assim, meio desacreditados do que nos restou do final de semana. Atravessamos a avenida amazonas e conseguimos achar a tal praça, próxima à Casa de Cultura de Betim, onde aconteceria o show.

Aquela aglomeração de gente me fez repensar meus atos, por alguns instantes. Afinal, era domingo à noite, já passava das nove e portanto, o evento estava atrasado pra começar. Aquela multidão em pé, o cheiro de churrasquinho e os carrinhos de cerveja espalhados pela rua me fizeram lembrar o quanto odeio esses shows de graça, em praça pública. E, pra piorar, segunda estava chegando, e com ela um despertador gritando no meu ouvido, às seis da matina.

Lá pelas dez, O Zeca subiu ao palco e fez um show que não deixou em nada a desejar. Músicas, músicos, luzes, som, platéia, enfim, tudo estava em perfeita harmonia. Dessa vez eu sabia cantar quase tudo. Nada era novidade, mas a emoção era quase a mesma da primeira vez. O que pensávamos ser um show arrastado, de apenas uma horinha, se transformou em duas horas - ou mais - de pura empolgação, com direito a quatro músicas no "bis". Saí de lá com a perna doendo de tanto dançar, a garganta reclamando de tanto cantar e a sensação de ter escolhido o programa certo pra terminar o final de semana.

E mais uma vez repito: quem foi, foi. Quem não foi, perdeu!

(Desculpem-me pelo atraso da semana. Eu sei que havia prometido um post semanal mas é que me falta inspiração. No entanto, o café tá saindo, antes tarde do que nunca).

Cardápio da Semana

Café com Letras:
Mozart: Sociologia de um gênio, Norbert Elias.

Café com Notas:
Zeca Baleiro